São três pra uma da matina de um 12 qualquer do mês. O dia tá
transbordado corações de papel, mas clamando por verdade. A pele reclama depois
do gozo no lençol de cetim de um motel caro; Os olhos procuram depois de ler o
cartão pendurado no ursinho de pelúcia; os lábios farejam, as mãos ficam
alerta, mas eles não sabem. Não sabem o que tão fazendo com essa porra toda,
alimentando o ego com barrinhas de chocolate escritas de "Eu te amo".
É necessário que se queime o amor enrolado em umas notas de dez pila, parece
que dá um teto.