É inútil concluir que



Decidi tomar mais cuidado com meus pontos finais, não quero mais com eles cravejar nossos cérebros eletronicamente treinados pra acreditar, reproduzir e separar (não só nessa ordem)
Quando vejo hoje uma frase fechada, consigo sentir a voz rouca do inconsciente coletivo me perguntando as clássicas dualidades... deu defeito de fabricação no coitado, e ele só sabe ramificar em dois: sim ou não? certo ou errado? ama ou odeia?
- Eu não sei
Manter esse tipo de relação com o que leio não parece colaborar pra minha saúde mental e comportamental, eu fico aqui ali e lá pensando, onde eu vou enfiar esse monte de conclusões? O que eu vou fazer quando escolho o feio, se a sobrevivência desse conceito depende eternamente da existência do belo? E a forma depende da ausência de forma assim como a luz depende da escuridão... Eu só posso escolher os dois, ou nenhum, ou, melhor ainda, tudo isso ao mesmo tempo e pulando (deixo aqui aberto a palavras engatáveis, impulsionáveis, expulsionáveis, enfim, quero ver como se relacionam os verbetes flutuando no limbo “inseguro” da incerteza)

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