"A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, e sim em ter novos olhos" (Marcel Proust)

Meus pés podem pisar todas as partes desse mundo, mas se minha mente e meu coração estiverem fechados, vou voltar para casa sem ter ido a lugar algum: a famosa volta dos que não foram...
Sinto como se tivesse acabado de chegar aqui - desembarqei essa semana - e fico feliz de ter descoberto isso.

Mas e todos estes dias que passaram? Ainda não computei o oceano de sentimentos, comportamentos e pensamentos diferentes que desaguou em mim, ou que eu desaguei por essas bandas... mas penso que tudo isso pode ser fruto de uma incrível e (in?) consciente resistência cultural que brotou no meu sangue. Ou que se despertou instintivamente...
Eu lembro de até ter dobrado uns dois ou três pares de razão, mas só coube um na mala. O resultado foi essa selvageria de sentimentos que se alojou em mim, e veio pra ficar.
É estranhamente gratificante ter as emoções pulsando nos poros da minha pele, loucas para explodirem, pra me fazerem sentir mais viva;
É diferentemente bom me sentir mais brasileira... mais latino-americana, e ao mesmo tempo poder contar das diferenças marcantes do meu estado, que não faz parte da visão internacional do Brasil;
É incrivelmente interessante me observar ocupando lugares diferentes dentro de uma instituição de ensino, dentro de uma casa, dentro da vida das pessoas;
É simplesmente apavorante olhar para as minhas relações um pouco mais de longe, e sentir elas dentro de mim... tão perto;
E é gigantescamente importante poder me expressar através destas palavras, que não serão as últimas.

Uma ótima vida a todos...

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