Party in the USA...

Estamos brincando de pega-pega.
A vida passa por mim todas as vezes possíves,
e algo me congelou nos meus primeros passos.
Por que é que chove nos meus campos de morango?
Pra que tanta tempestade na minha cabeça se está tudo correndo bem? Bem.. Bem...
Veja bem: As experiências dependem de como os olhos se abrem pelas manhãs.
Alguém troca um quilo de morango por dois olhos fechados?
Tá... Pode ser quantos quilos tu quiser. Meus campos não são finitos, mas essas tempestades conseguem me tirar uns bons pedaços.
Sempre achei que minha terra fosse forte.
Seria minha a culpa? Botei adubo de menos? Ou a culpa é mesmo do frio intenso -que mata também minhas borboletas?

Queria não ser do avesso. Não jogar o meu dentro pra fora com tanta facilidade. É estranho eu não ser vazia, mas precisar de muito mais pra me sentir completa, ou completamente algo. Eu já não fui neutra o bastante?
Aí está o problema. Eu não sei ser bege. Nasci vermelha, gritante... da cor do sangue que não escorre, a não se por dentro. As vezes posso ficar preta, azul, amarela... mas nunca fico bege.

Vim buscar água numa pedra. Saí de casa com um mundo me esperando, e fui recebida por um buraco infinito. Quando mais eu tento pensar que não estou caindo, mais minha consciência se revolta. Esse buraco ao menos tem profundidade.

Se falarmos de humanos talvez descobriremos o conceito de raso e fundo.
Eu não saí de casa pra regredir meus dias. Não saí de casa pra ficar no raso.
Onde foi que eu errei?

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